O cancro é uma proliferação anormal de células¹. O cancro da mama afeta as células que formam o tecido mamário. O cancro da mama pode ser dividido em não-invasivo e invasivo:^2-4
 

• O cancro da mama não-invasivo engloba: carcinoma ductal in situ, que é uma lesão pré-maligna, onde as células malignas do cancro se localizam nos ductos da mama e podem progredir para um cancro invasivo neoplasia lobular in situ, que não é uma lesão maligna, mas aumenta o risco de desenvolvimento de cancro de mama no futuro.

• O cancro da mama invasivo é o nome dado às lesões que se estendem para além dos ductos e dos lóbulos da mama, podendo estar localizados na mama (cancro da mama precoce), atingir os gânglios linfáticos (cancro da mama localmente avançado) ou até órgãos à distância, como o osso, o fígado ou os pulmões (cancro da mama metastático).

O tratamento depende do tipo e do estádio de cancro de mama diagnosticado.

Em Portugal, em 2022 estes foram os dados para o cancro da mama⁵:

A avaliação inicial envolve um exame objetivo clínico, análises e exames de imagem para avaliar a mama - ecografia/mamografia/tomografia/ressonância da mama – e, dependendo do tipo, tamanho do cancro e presença nos gânglios, poderá ser necessário avaliar também: o osso, os pulmões e o fígado - geralmente por cintigrafia óssea e tomografia computorizada (TC) torácica e abdominal.⁶ ​

Só após esta avaliação é que a equipa médica pode definir o estádio do cancro e a estratégia de tratamento mais adequada.⁶

Não há ainda uma causa conhecida para o desenvolvimento de cancro da mama. O cancro de mama é uma doença multifatorial, ou seja, há um conjunto de vários fatores de risco que estão associados a um aumento da probabilidade de desenvolver cancro.​^6-8
São eles:

Há pessoas sem fatores de risco que desenvolvem cancro e pessoas com fatores de risco que não desenvolvem. Não se sabe porque é que isto acontece. É importante perceber que não foi por sua culpa o desenvolvimento de cancro.

O tratamento mais adequado para cada doente deve ser decidido pela equipa multidisciplinar (composta por cirurgiões, oncologistas, imagiologistas, anatomopatologistas, radioncologistas, entre outros).​²

A decisão de começar por fazer cirurgia ou iniciar tratamentos farmacológicos depende do subtipo de tumor, da avaliação da extensão da doença (localizada ou metastizada/à distância) e de características do doente.^{2, 6}

Há tumores que não devem ser operados antes de se fazerem tratamentos farmacológicos. Pode ser importante começar pelos tratamentos farmacológicos para permitir fazer uma melhor cirurgia ou para ir adaptando os tratamentos de acordo com a resposta do tumor aos mesmos.²

Há tumores que não podem ser operados logo, porque atingem a pele - carcinoma inflamatório - e nestes, é fundamental fazer primeiro tratamento farmacológico.^{​2, 6}

Nos tumores que já estão noutros órgãos à distância (osso, fígado, pulmão), não há vantagem/benefício em fazer cirurgia, porque não se consegue eliminar o tumor todo ao tirar a mama e faz-se tratamento farmacológico.

Alguns tratamentos farmacológicos são administrados por via endovenosa no hospital de dia. A radioterapia dura alguns minutos e normalmente ocorre diariamente (exceto feriados e fins-de-semana), durante alguns dias ou durante algumas semanas seguidas, dependendo do tipo de tratamento.²

Dependendo do estádio da doença e do subtipo de cancro da mama, os tratamentos poderão variar entre: tratamentos farmacológicos neoadjuvantes ou adjuvantes (antes ou depois da cirurgia, respetivamente), radioterapia, terapêuticas-alvo e hormonoterapia. Os tratamentos farmacológicos no caso dos tumores metastizados duram enquanto estiverem a ser úteis, e enquanto não existir toxicidade inaceitável. Nestes casos, as terapêuticas serão feitas de forma crónica.²